Fechamento de Hospital psiquiátrico preocupa Sindicato dos trabalhadores da rede privada
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde do Estado da Paraíba (SINDESEP) está preocupado com o fechamento do Instituto de Psiquiatria (IPP) em João Pessoa. De acordo com o presidente do Sindicato, Roberto de Andrade Leôncio, uma houve um recomendação do Ministério o Público Federal (MPF) para o fechamento do Hospital Psiquiátrico.
De acordo com ele, o secretário de Saúde do município, Adalberto Fulgêncio não comunicou o fechamento do hospital aos Conselhos Municipal e Estadual de Saúde e soltou uma nota circular no dia 20 de fevereiro desse ano comunicando aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ao Pronto Atendimento de Saúde Mental, (PASM) e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), ao Complexo Hospitalar de Mangabeira e o hospital infantil do Valentina a suspensão de internação dos portadores de necessidade especiais para IPP em virtude da recomendação do MPF por meio de ofício 183\2018 a partir do último dia 5.
Com isso, os pacientes de longa permanência serão acolhidos nos serviços de residência terapêuticas de João Pessoa. A preocupação do Sindicato com essa determinação do secretário de saúde do município é que o fechamento do IPP vai prejudicar 100 famílias de trabalhadores do hospital de forma direta e indireta ficando desempregadas e, levando em consideração, a necessidade das famílias dos portadores de necessidades os quais só contavam com esta instituição que hoje atende 160 pacientes e que agora serão devolvidos aos seus familiares. “E seus tratamentos ficarão sob responsabilidade de quem? “, indagou presidente do SINDESEP.
Roberto de Andrade Leôncio explicou que desde 2002 teve uma portaria 251 do Ministério da Saúde aonde determinava que o Estado e o Município criasse uma comissão para regulamentar os hospitais de Psiquiatria e fizesse sua classificações , “mas até a data de hoje não temos conhecimentos da criação dessa comissões como também os pareceres dela”, afirmou.
Ele explicou ainda que esse hospital atende esses portadores de necessidades especiais há 53 anos e que vem prestando esse serviço de referência no Estado da Paraíba. De acordo com Roberto Leôncio, a diária de cada paciente desse hospital é de R$ 48,00 para ter direito ao atendimento de médicos, psicólogos assistentes sociais, medicação e refeições e vem recebendo esse dinheiro com atraso por parte da Secretaria de Saúde do Município.
O presidente do Sindicato, explicou que problema foi levado ao conhecimento do Conselho Estadual de Saúde e foi criada uma comissão para que a Secretaria de Saúde de João Pessoa fizesse o encaminhamento dos pacientes para internação uma vez que esses portadores de necessidades especiais surtam, ficam agressivos e se armam podendo até tirar a vida de um ser humano como aconteceu no PAM de Jaguaribe aonde um paciente assassinou uma médica.
“ A partir de agora, qual o tipo de tratamento irão ter esses pacientes e de quem será responsabilidade a partir de agora aonde já foram fechados os hospitais psiquiátricos João Ribeiro, em Campina Grande, o de Cajazeiras e o São Pedro, em João Pessoa e houve uma redução de internação do Hospital dos Maia em Campina Grande e único hospital que vai aberto e Juliano Moreira e os CAPS não atende 24 horas”, finalizou Roberto Leôncio.